segunda-feira, 7 de setembro de 2015

ANDAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL * EM 06 DE SETEMBRO DE 2015 * REPORTAGEM DESOLADORA NO JORNAL "O DIA". QUANTOS PREJUÍZOS CAUSARAM OS GESTORES POR EGOÍSMO. NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL pedida pela Galileo Educacional

A Galileo Educacional apresentou o PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL e dia 14 de agosto de 2015 foi publicado o PLANO.

Após a publicação os Credores têm até 30 dias para IMPUGNAR se quiserem e demonstrarem suas insatisfações sobre o PLANO oferecido. Foram apresentadas várias Impugnações juntadas dia 11 de setembro.

Portanto, a lei 11.101/2015 diz que se houver Impugnações será marcada uma ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES para a resolução e discussão do PLANO. Caso não haja resolução na Assembleia dos problemas apresentados, o juiz Decretará a Falência.

Lembremos que na RECUPERAÇÃO  a empresa está ainda viva, e o objetivo é se reerguer. Somente na Falência que haverá a morte da Empresa.

 ANDAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL REQUERIDA PELA GALILEO EDUCACIONAL - CLIQUEM AQUI

Moradores lamentam a decadência de Piedade após fim da Gama Filho-cliquem

Em janeiro de 2014, o movimento nas ruas caiu, o comércio fechou, os 12 mil alunos que davam vida à região sumiram

LEANDRO RESENDE
Rio - Conta-se que, no século 19, havia uma estação de trem chamada Parada Gambá. Indignada com o nome uma senhorinha pediu ao diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil: “Por piedade, doutor, troque o nome da estação”. O doutor aproveitou a fala e escolheu Piedade para batizar a parada, de onde nasceu o bairro incrustado entre o Méier e Madureira. Como há 200 anos, pedem piedade hoje aqueles que habitam o que parece ser um lugar fantasma no coração do Rio — desde o fechamento da Universidade Gama Filho, em janeiro de 2014, o movimento nas ruas caiu, o comércio fechou, os 12 mil alunos que davam vida à região sumiram.


“O bairro já morreu. Quero ver você encontrar outro lugar da cidade que não tenha sequer uma padaria”, lamenta Paulo Sérgio, de 54 anos, gerente de um restaurante a poucos metros da abandonada Gama Filho. Há seis anos trabalhando ali, ele lembra que, às sextas, o movimento era tão grande de alunos da faculdade que as mesas iam parar na rua. Depois do fechamento da universidade ele reclama também da falta de ação do poder público para tentar revitalizar a região.
“Tinha 12 funcionários, agora tenho cinco. Abro às 8h e fecho às 15h para não ser assaltado. E ninguém do poder público fala sobre uma região que está morta.”
O O comerciante Paulo demitiu sete funcionários e fecha seu restaurante mais cedo por medo de assaltos
  Foto:  Estefan Radovicz / Agência O Dia
O vira-lata Vigia é um dos poucos sinais de vida da Universidade Gama Filho. Foi batizado assim há quatro meses, quando foi encontrado por um dos seguranças que tentam defender o campus de 85 mil metros quadrados de invasores. O boato, conta o vigilante que acompanhava o cãozinho, é de que o terreno se transformará em condomínio. “Pelo menos o pessoal da Comlurb entra aqui periodicamente para não deixar as piscinas virarem foco de dengue”, comentou o segurança, que não quis se identificar.

“Estou aqui desde 1977. É uma pena”, desabafou, olhando para o outro lado da calçada, repleto de lojas fechadas. O som pelo deslocamento de ar da passagem dos carros em contato com as grades dão um clima ainda mais fantasmagórico ao entorno da antiga universidade.

Na Rua da Capela, Adalberto Leite, 76, tomava uma cerveja e espiava Piedade de cima com saudade. Morador da região desde 1954, o aposentado é do tempo em que o lugar contava com “dois cinemas, dois mercados grandes e um clima tranquilo.” Desde 2014, ele percebeu que o bairro, já distante dos seus tempos de apogeu, passou a ser um local de degradação ainda maior. “Daquela época, só restou o trem. A prefeitura fez obras em Quintino, por exemplo, mas acho que se esqueceu daqui. Há pedaços que não têm nem asfalto”, disse, resignado. “Frequentava os clubes em Piedade e na Água Santa, mas agora está tudo dominado pelo tráfico”, lamentou.

Carlos Fernandes, 59, recebera poucos clientes em seu pequeno mercado no último sábado. “Tive que demitir as pessoas e convivo com o medo diário de assaltos. Sem a Gama Filho, o bairro está sem nada”, resumiu.

ISP mostra aumento generalizado da violência

Piedade se tornou célebre na história dos crimes emblemáticos brasileiros quando o escritor Euclides da Cunha envolveu-se numa disputa passional e acabou morto numa casa que ficava no bairro, no começo do século 20. Agora o drama é diário: dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) referendam as opiniões de que a violência aumentou em Piedade.

Segundo o órgão, houve crescimento de 61% no número de roubos a estabelecimentos comerciais da região no comparativo entre janeiro e julho de 2013, quando a faculdade estava aberta, e o mesmo período deste ano. Também aumentaram os assaltos a pedestres (34%) e roubos de celulares (30%). Mesmo sem o alto fluxo de carros dos tempos da Gama Filho — cuja ausência motivou o fim de quase todos os estacionamentos da região — os assaltos a veículos aumentaram 12%.

Depois de queda, o número de homicídios voltou a subir: em 2013 ocorreram 16 casos, oito em 2014 e em 2015 foram 11.
Adalberto tem saudade dos áureos tempos que viveu em Piedade        Foto:  Estefan Radovicz / Agência O Dia

FUNCIONÁRIOS SEM DIREITOS

Ex-funcionários da Gama Filho alegam estar na fila e sem nenhuma satisfação para receber seus salários atrasados desde o fechamento da universidade. É o caso de Janete Sebadelhe, que dedicou 32 dos seus 60 anos ao cargo de assistente administrativa da instituição. Ela alega estar à espera do FGTS, férias e dinheiro da rescisão. Entrou na Justiça mas, pelo menos das audiências que participou, ainda não teve resposta alguma. “A gente só fica sabendo, nunca de forma oficial, que vai haver uma penhora, mas é tudo na conversa. Enquanto isso, seguimos na fila.”

Ano passado, o governador Luiz Fernando Pezão vetou proposta de desapropriação do terreno. O projeto de lei do deputado Paulo Ramos (Psol) havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Não imaginava que o fim dessa instituição tão antiga e importante seria esse. Foram muitas falcatruas”, opina Janete.






A SAGA da Univer Cidade e da Gama Filho! Diego Francisco continua cobrindo a matéria relacionada às IES e ao grupo GALILEO! Postalis teria adquirido debêntures da UGF por intermédio de Renan Calheiros, diz revista


Um comentário:

  1. PIADA DE MAL GOSTO: DEVERIAM IR TODOS PARA A JAULA. justiça corrupta! Quem elaborou o PLANO DE RECUPERAÇÃO? JAULA NELES! o TERRENO USADO E AVALIADO EM R$ QUASE R$ 800 MILHÕES NÃO VALE 200 MILHÕES! Querem apostar que o mentor do PLANO DE RECUPERAÇÃO FOI O RONALD?

    Fênix sem asas: UGF e UniverCidade – parte 9
    1 EDUCAÇÃO, Galileo Educacional, Rio de Janeiro, UGF, UniverCidade 20:50
    Quinta-feira, 17 de setembro de 2015

    Justiça suspende leilão de imóvel da Assespa, em Vargem Grande

    A Justiça fluminense suspendeu, nessa quarta-feira (16/9), o leilão de um imóvel da Associação Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa) – a antiga mantenedora do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) –, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Pois, a ré pagou cerca de R$ 2 milhões à autora da ação, a empresa Produmob Empreendimentos Imobiliários Ltda., com escritório em Jacarepaguá.

    A cifra depositada equivale, aproximadamente, à metade da dívida de R$ 4,4 milhões. Ontem (16) ocorreria o segundo dia de leilão, e o terreno poderia ser vendido a partir metade do valor avaliado de R$ 192,4 milhões.

    O primeiro leilão, do último dia 2 de setembro, aconteceu normalmente. Contudo, não houve interessados. O mesmo estava a cargo do Leiloeiro Nacif. Note-se que o supracitado imóvel já foi disponibilizado em leilão pelo menos umas seis vezes.

    Vale frisar que o imóvel citado é o mesmo que o grupo Galileo Educacional – atual gestor da UniverCidade e da Universidade Gama Filho (UGF) – mencionou em seu processo de recuperação judicial em andamento. As duas instituições de ensino superior (IES) foram descredenciadas pelo Ministério da Educação, em janeiro de 2014, que à época alegou suposta “baixa qualidade acadêmica”.

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Professor Brasileiro